Ela

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Conta-se pelos dedos de uma mão o número de vezes que me apaixonei e são necessários apenas dois para indicar o número de vezes que namorei. Nunca fui muito feliz no que toca a assuntos amorosos, nunca fui muito lutador nesse aspecto talvez por ser o primeiro a destronar o sonho de poder ficar com a pessoa de quem gosto. Mas um dia isso teria que mudar, encontrei-a, conheci-a, falámos, falámos, desacordámos, concordámos, rimo-nos e...apaixonei-me.
Apaixonei-me como se tivesse apaixonado pela primeira vez na vida, onde todos os segundos que passava sem ela eram passados a pensar nela e nos momentos que tivemos lado a lado. Sentia-me pela primeira vez capaz de confiar em alguém a 100%. Sentia que todos os passos que dava eram estudados ao pormenor para que ela se apaixonasse por mim, na esperança de que podia mudar o rumo à história sem a forçar. Sentia que pela primeira vez na vida havia uma razão para lutar, para fazer algo que nunca havia feito até hoje. Fiz de tudo, lutei com todas as armas que tinha e como se não houvesse amanhã.
E obtive um resultado, pela primeira vez na vida caíram-me lágrimas por algo que amava. O silêncio apoderou-se de mim. O gostar de alguém já não é visto de outra maneira por que todos os dias cometo o erro de comparar todas as mulheres com ela.
Vejo-me como um amante de arte que agarra com unhas e dentes o pensamento de que como ela não haverá outra, que ela é única, que é diferente.


Está quase a fazer um ano que da minha boca saiu a palavra 'Amo-te', está quase a fazer um ano que ela disse que eu estava enganado, está quase a fazer um ano que continuo apaixonado por ela.

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